A normatização disciplinar da historiografia universitária: Francisco Iglésias e a sua tese de Livre-Docência
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v0i23.1151Palavras-chave:
Historiografia brasileira, Conhecimento histórico, Francisco IglésiasResumo
A redefinição dos códigos disciplinares da pesquisa histórica pelos primeiros historiadores oriundos das universidades brasileiras não ocorreu por meio de nenhuma revolução ou mudança rápida de paradigma. Assim, os indícios da construção de novas maneiras de fazer e pensar a história devem ser localizados na forma como se concebeu cada empreendimento de escrita específico. Analisamos neste artigo o potencial discursivo e a recepção da tese de livre-docência de Francisco Iglésias e de seus primeiros textos publicados a partir de sua efetivação como docente, na década de 1950, para afirmar e produzir uma reorganização disciplinar do conhecimento histórico produzido na universidade. Consideramos que a vinculação institucional de seu texto não foi um procedimento puramente formal: foi a partir da universidade que ele justificou sua escolha temática e diferenciou sua escrita de outras produções historiográficas.
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