Uma “imagem repensada interminavelmente”
notas em torno de Imagens apesar de tudo, de Georges Didi-Huberman
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v14i37.1808Palavras-chave:
Imagem, Imaginação, HistóriaResumo
Este artigo tece alguns comentários em torno do modo como o historiador e filósofo Georges Didi-Huberman analisa, em seu livro Imagens apesar de tudo, a crítica visual das imagens da história. Assumida pelo autor como “o olho da história”, a imagem possui uma tenaz vocação para tornar visível. Contudo, admite o autor, há documentos visuais da história que só podem ser restituídos de modo lacunar. Este estudo objetiva mostrar alguns argumentos pelos quais Didi-Huberman preconiza para o historiador uma política da imaginação, sucedâneo metodológico a toda investida na legibilidade plena e absoluta de uma “imagem autêntica do passado”. Ao fazê-lo, entendemos observar algumas facetas (filosófico-antropológicas) de uma proposta de resgate historiográfico junto às intermitências e opacidades de um olhar implicado pela imagem entendida como uma interminável “necessidade lacunar”.
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