Análise do mito da democracia racial a partir de Frantz Fanon e Sueli Carneiro
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v16i41.1946Palavras-chave:
Pós-colonialismo, Brasil, FilosofiaResumo
Neste trabalho buscamos compreender alguns elementos que fundamentam o racismo expresso no mito da
democracia racial e intencionamos explicar a exclusão do negro no Brasil. Assim, inicialmente, analisaremos, de
forma breve, os autores brasileiros Raimundo Nina Rodrigues, Arthur Ramos e Gilberto Freyre, buscando evidenciar
a construção da ideia de democracia racial. Por conseguinte, apresentaremos o pensamento de Frantz Fanon acerca
da objetificação da pessoa negra, com o intuito de mostrar que os procedimentos existentes na ideia de democracia
racial possuem um viés inferiorizante do negro, que culmina na negação desse sujeito. Por fim, recorreremos ao
pensamento de Sueli Carneiro, precisamente no que se refere ao conceito de dispositivo de racialidade/biopoder,
como meio de aprofundar a análise empreendida por Fanon. Como resultados desta pesquisa percebemos que
Carneiro, ao engendrar tal conceito, apresenta um novo aparato conceitual que evidencia como as relações de poder operam para a negação do sujeito negro.
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