A historiografia antiga e a consciência do método da investigação histórica

uma leitura das Histórias de Políbio de Megalópolis

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15848/hh.v15i40.1960

Palavras-chave:

História dos Conceitos, História da Historiografia, Historiografia Antiga

Resumo

Durante a Modernidade, a história se tornou disciplinarizada e ganhou o status científico que lhe atribuímos hoje. Nesse período, surgiram regras e condições para que um trabalho fosse classificado como historiográfico, sendo aplicadas a textos de diferentes lugares e tempos. O problema interpretativo de tal posicionamento é abordado neste artigo, a partir da história dos conceitos (Begriffsgeschichte), por meio de uma análise do “Livro XII” de Políbio de Megalópolis, uma fonte histórica privilegiada para compreender como se fazia história na Antiguidade. Após nos determos brevemente sobre o gênero historiográfico polibiano e os domínios de sua epistemologia, corroboramos a tese de que a moderna classificação da história da historiografia é excludente e contradiz o próprio historicismo ao aplicar critérios modernos a trabalhos não pertencentes a essa delimitação espaço-temporal, praticando uma espécie de anacronismo ao julgar a historiografia antiga a partir da ótica da historiografia moderna.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Dyel da Silva, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Mestrando em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e licenciado em História pela Universidade de Blumenau (FURB). É membro do Laboratório Blumenauense de Estudos Antigos e Medievais (LABEAM), e do Humanitas - Núcleo de pesquisa em epistemologias, práticas e saberes interdisciplinares. Atualmente, desenvolve pesquisa na área de História Antiga, especificamente sobre historiografia grega.

Dominique Santos, Universidade de Blumenau (FURB)

Professor de História Antiga e Medieval da FURB - Universidade de Blumenau. Coordenador do Laboratório Blumenauense de Estudos Antigos e Medievais [www.furb.br/labeam]. Professor do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina.

Referências

ABURTO, Leslie Lagos-; PIÑA, Felipe Montanares-. La geografia en la historiografía helenística. El concepto de oikoumene en las Histórias de Polibio. Byzantion Nea Hellás, Santiago, n. 39, p. 101-124, 2020. Disponível em: https://byzantion.uchile.cl/index.php/RBNH/article/view/60334. Acesso em: 10 mar. 2021.

ALBERTI, Verena. A existência na história: revelações e riscos da hermenêutica. Estudos históricos, Rio de Janeiro, v. 9, n. 17, p. 31-57, 1996. Disponível em: https://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/reh/article/view/2013. Acesso em: 10 mar. 2021.

ANDRADE, Rodrigo Prates. É possível uma história da historiografia medieval? História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 13, n. 33, p. 39-58, 2020. Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1542. Acesso em: 03 fev. 2021

ASSIS, Arthur Alfaix; MATA, Sérgio da. O conceito de história e o lugar dos Geschichtliche Grundbegriffe na história da história dos conceitos. In: KOSELLECK, Reinhart; MEIER, Christian; GÜNTHER, Horst; ENGELS, Odilo (org.). O conceito de História. Trad. R. E. Gertz. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2013. p. 9-36.

ASSIS, Arthur Alfaix; FERREIRA, Bernardo. Prefácio: o paradoxo da história dos conceitos. In: KOSELLECK, Reinhart. Histórias de conceitos. Tradução de M. Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto, 2020. p. 7-12.

BARBO, Daniel. A polêmica do Livro XII de Políbio e os tempos históricos. In: SEBASTIANI, Breno Battistin; RODRIGUES JÚNIOR, Fernando; SILVA, Bárbara da Costa (org.). Problemas de historiografia helenística. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019. p. 121-142.

BARON, Christopher A. Timaeus of Tauromenium and Hellenistic historiography. Cambridge: Cambridge University Press, 2013.

BAXANDALL, Michael. Padrões de intenção: a explicação histórica dos quadros. Trad. V. M. Pereira. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

BEISER, Frederick C. The German Historicist Tradition. Oxford: Oxford University Press, 2012.

BENES, Tuska. In Babel’s Shadow: Language, Philology and the Nation in Nineteenth-Century Germany. Detroit: Wayne State University Press, 2008.

BONALDO, Rodrigo; PINTO, Otávio Luiz Vieira; VIANNA, Luciano José; KHODADAD, Rezakhani. Decolonizar a Historiografia Medieval: Introdução à ‘Historiografia Medieval — Novas Abordagens’. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 13, n. 33, p. 19-37, 2020. Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1671. Acesso em: 10 mar. 2021.

BRANDÃO, Jacyntho Lins. A experiência de Ulisses: nota sobre um tema utópico perdido. MORUS, Campinas, v. 7, n. 7, p. 156-165, 2010. Disponível em: http://www.revistamorus.com.br/index.php/morus/article/view/53. Acesso em: 25 out. 2021.

BROWN, Truesdell S. Timaeus of Tauromenium. Berkeley; Los Angeles: University of California Press, 1958.

CÂNDIDO DA SILVA, Marcelo. Uma história global antes da globalização? Circulação e espaços conectados na Idade Média. Revista História, São Paulo, n. 179, p. 1-19, 2020. Disponível em:

https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/160970. Acesso em: 10 mar. 2021.

CICÉRON. Des Lois. In : CICÉRON. ɶuvres completes de Cicéron avec la traduction en français. Tome Quatrième. Paris: Imprimeurs de l’Institut de France, 1864, p. 356-423. Disponível em: http://remacle.org/bloodwolf/orateurs/index.htm. Acesso em: 10 mar. 2021.

COLLINGWOOD, Robin G. The Idea of History. Oxford: Claredon Press, 1946.

CONRAD, Sebastian. What is Global History? Princeton; Woodstock: Princeton University Press, 2016.

COSTA, Vitor Medeiros. Uma tipologia da causalidade em Heródoto: aitía no Livro I das Histórias. Roda da Fortuna, Barcelona, v. 8, n. 2, p. 249-269, 2019. Disponível em: https://www.revistarodadafortuna.com/2019-2. Acesso em: 20 mar. 2021.

DROYSEN, Johann Gustav. Histórica: lecciones sobre la enciclopedia y metodología de la historia. Tradução de E. G. Valdés; R. G. Girardot. Barcelona: Editorial Alfa, 1983.

DROYSEN, Johann Gustav. Manual de teoria da história. Trad. Sara Baldus e Julio Bentivoglio. Petrópolis: Vozes, 2009 [1868].

FAVERSANI, Fábio; SANTOS, Dominique; ROSILLO-LOPEZ, Cristina. História Antiga: Diferentes Perspectivas. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 40, n. 84, p. 13-19, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbh/a/7FPvwr4x66h9pQjTf9TQJKh/?lang=pt. Acesso em: 10 mar. 2021.

FELDHERR, Andrew; HARDY, Grant (ed.). The Oxford History of Historical Writing: Beginnings to A.D. 600. Oxford: New York: Oxford University Press, 2011. v. 1.

FOUCAULT, Jules-Albert de. Note sur quelques manuscrits de Polybe. Revue d’Histoire des textes, Paris, boletim n. 1, Paris, p. 227-233, 1971.

FROMENTIN, Valérie.; GOTTELAND, Sophie. Thucydides’ ancient reputation. In: LEE, Christine.; MORLEY, Neville (ed.). A handbook to the reception of Thucydides. Malden: Wiley Blackwell, 2015. p. 13-25.

GADAMER, Hans-Georg. Truth and method. Trad. J. Weinsheimer e D. G. Marshall. 2ª ed. R Chippenham: Continuum, 2004.

GEBARA DA SILVA, Uiran. Outra História Global é possível? Desocidentalizando a história da historiografia e a história antiga. Esboços, Florianópolis, v. 26, n. 43, p. 473-485, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/esbocos/article/view/2175-7976.2019.e65429. Acesso em: 07 mar. 2021.

GUARINELLO, Norberto. História Antiga. São Paulo: Contexto, 2013.

GUARINELLO, Norberto. Uma morfologia da história: as formas da História Antiga. Politeia: História e Sociedade, Vitória da Conquista, v. 3, n. 1, p. 41-61, 2003. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/politeia/article/view/3935. Acesso em: 09 mar. 2021.

GUELFUCCI, Marie-Rose. Polybe, la Τύχη et la marche de l’histoire. In: FRAZIER, Fraçoise; LEÃO, Delfim F (ed.). Tychè et Pronoia: la marche du monde selon Plutarque. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2018. p. 141-167. Disponível em: https://digitalis.uc.pt/en/livro/polybe_la_%CF%84%CF%8D%CF%87%CE%B7_et_la_marche_de_l%E2%80%99histoire. Acesso em: 10 mar. 2021.

HARTOG, François. Evidência da história: o que os historiadores veem. Trad. G. J. F. Teixeira. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2017.

HENDRICKSON, Thomas. The invention of the Greek library. Transactions of the American Philological Association, Baltimore, v. 144, p. 371-413, 2014. Disponível em: https://muse.jhu.edu/article/559198/pdf. Acesso em: 10 mar. 2021.

HOMERO. Odisseia. Trad. C. Werner. São Paulo: Cosac Naify, 2014.

JORDHEIM, Helge. Does Conceptual History really need a theory of historical Times? Contributions to the History of Concepts, Helsinki, v. 6, n. 2, p. 21-41, 2011. Disponível em: https://www.berghahnjournals.com/view/journals/contributions/6/2/choc060202.xml. Acesso em: 10 mar. 2021.

JORDHEIM, Helge. Synchronizing the World: Synchronism as Historiographical Practice, Then and Now. History of the

Present, Durham, v. 7, n. 1, p. 59-95, 2017. Disponível em: https://read.dukeupress.edu/history-of-the-present/article-abstract/7/1/59/153289/Synchronizing-the-World-Synchronism-as. Acesso em: 10 mar. 2021.

KOSELLECK, Reinhart. Estratos do tempo: estudos sobre história. Trad. Markus Hediger. Rio de Janeiro: Contraponto; PUC-Rio, 2014 [2000].

KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado: contribuição à semântica dos tempos históricos. Trad. W. P. Maas e C. A. Pereira. Rio de Janeiro: Contraponto, 2006.

KUHLMANN, Peter; SCHNEIDER, Helmuth (ed.). History of Classical Scholarship: a biographical dictionary. Trad. D. Smart e C. M. Schroeder. Leiden; Boston: Brill, 2014.

LEVENE, D. S. Polybius on ‘Seeing’ and ‘Hearing’: 12.27. The Classical Quarterly, Cambridge, v. 55, n. 2, p. 627–29,

Disponível em: http://www.jstor.org/stable/4493368. Acesso em: 3 jul. 2022.

LIANERI, Alexandra (ed). The Western Time of Ancient History: Historiographical Encounters with the Greek and Roman Pasts. Cambridge: Cambridge University Press, 2011.

MARINCOLA, John. Authority and Tradition in ancient historiography. Wiltshire: Cambridge University Press, 1999.

MARINCOLA, John. Historiography. In: ERSKINE, Andrew. A Companion to Ancient History. Malden: Wiley; Blackwell, 2009. p. 13-22.

MARQUES, Juliana Bastos. A historia magistra vitae e o pós-modernismo. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 6, n. 12, p. 63-78, 2013. Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/618. Acesso em: 10 mar. 2021.

MARQUES, Juliana Bastos. Políbio. In: JOLY, Fábio Duarte (org.). História e retórica: ensaios sobre historiografia antiga. São Paulo: Alameda, 2007. p. 45-63.

MARQUES, Juliana Bastos. Historicizando as categorias de Felix Jacoby: os gêneros historiográficos da Antiguidade e sua classificação pelos modernos. In: GUARINELLO, Norberto Luiz; GEBARA DA SILVA, Uiran; DUARTE OLIVEIRA, Gustavo Junqueira;

PIZA, Pedro Luís de Toledo (org.). Fronteiras mediterrânicas: estudos em comemoração dos 10 anos do LEIR-MA/USP. Porto Alegre: Editora Fi, 2019. p. 225-250. Disponível em: https://www.editorafi.org/676fronteiras. Acesso em: 10 mar. 2021.

MARQUES, Juliana Bastos. O conceito de temporalidade e sua aplicação na Historiografia Antiga. Revista de História, São Paulo, n. 158, p. 43-65, 2008. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/revhistoria/article/view/19074. Acesso em: 07 mar. 2021.

MARTINDALE, Charles. Reception. In: KALLENDORF, Craig W.; BRIGGS, Ward; GAISSER, Julia; MARTINDALE, Charles (ed.). A Companion to the Classical Tradition. Malden: Blackwell Publishing, 2007. p. 297-311.

MARTINS, Estevão de Rezende. Historicismo: tese, legado, fragilidade. História Revista, Goiânia, v. 7, n. 1/2, p. 1-22, jan./dez. 2002. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/historia/article/view/10480. Acesso em: 10 mar. 2021.

MARTINS, Estevão de Rezende. Historicismo: o útil e o desagradável. In: ARAUJO, Valdei Lopes de; MOLLO, Helena Miranda;

VARELLA, Flávia Florentino; MATA, Sérgio Ricardo da (org.). A dinâmica do historicismo: revisitando a historiografia moderna. Belo Horizonte, MG: Argumentum, 2008. p. 15-48.

MEEUS, Alexander. Introduction: Narrative and interpretation in the Hellenistic historians. Histos, Newcastle, v. 8, p. 1-22, 2018. Disponível em: https://histos.org/SV8HellenisticHistoriography.html. Acesso em: 03 fev. 2021.

MILTSIOS, Nikos. The Shaping of narrative in Polybius. Berlin; Boston: Walter de Gruyter, 2013.

MOMIGLIANO, Arnaldo. As raízes clássicas da historiografia moderna. Tradução de M. B. B. Florenzano. Bauru: EDUSC, 2004.

MOMIGLIANO, Arnaldo. Essays in ancient and modern historiography. Middletown: Wesleyan University Press, 1977.

MOMIGLIANO, Arnaldo. J. G. Droysen between Greeks and Jews. History and Theory, Middletown, v. 9, n. 2, p. 139-153, 1970. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/2504123. Acesso em: 12 fev. 2021.

MOORE, Daniel Walker. Polybius: Experience and the Lessons of History. Leiden; Boston: Brill, 2020.

MORALES, Fábio; GEBARA DA SILVA, Uiran. História Antiga e História Global: afluentes e confluências. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 40, n. 83, p. 126-150, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbh/a/gB9JWMhrKxwMvJCwGRd5Y9y. Acesso em: 12 fev. 2021.

MORALES, Fábio.; REGHIN, Santiago. Muito antes de Ai-Khanoum: a representação historiográfica da Báctria helenística nas Lições de História Antiga de Barthold Niebuhr. Heródoto, Guarulhos, v. 4, n. 1, p. 203-121, 2019. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/herodoto/article/view/10089. Acesso em: 03 fev. 2021.

MORALES, Fábio. Por uma didática da História Antiga no ensino superior. Mare Nostrum, São Paulo, v. 8, n. 8, p. 79-114, 2017. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/marenostrum/article/view/138862. Acesso em: 22 out. 2021.

NORTH, John Harry. Winckelmann’s “Philosophy of Art”: A Prelude to German Classicism. New Castle: Cambridge Scholars Publishing, 2012.

PALTI, Elías José. Koselleck y la idea de Sattelzeit: un debate sobre modernidad y temporalidad. Ayer, Madrid, v. 53, p. 63-74, 2004. Disponível em: https://revistaayer.com/articulo/713. Acesso em: 10 mar. 2021.

PÉDECH, Paul. Notice. In: POLYBE. Histoires: Livre XII. Tradução de P. Pédech. Paris: Belles Lettres, 1961. p. ix-xxxv.

PÉDECH, Paul. La méthode historique de Polybe. Paris : Les Belles Lettres, 1964.

PIÑA, Felipe Montanares. La geografía en la historiografía helenística: el recurso geográfico a través de las Historias de Polibio. 2019. Monografia (Graduação em História) — Universidad de Concepción, Concepción, 2019.

PIRES, Francisco Murari. Mithistória. São Paulo: Humanitas; FAPESP, 1999.

PRADO, Ana. L. do A. A. Normas para a transliteração de termos e textos em grego antigo. Classica, São Paulo, v. 19, n. 2, p. 298-299, 2006. Disponível em: https://revista.classica.org.br/classica/article/view/123. Acesso em: 10 mar. 2021.

POLYBII. Historiae. Ed. T. Buettner-Wobst. Sttutgart: Teubner, 1985.

POLIBIO. Le Storie. Trad. C. Schick. 3 v. Roma: Arnaldo Mondadori Editore, 1955.

POLIBIO. Historia. Trad. M. B. Recort. 3 v. Madrid: Editorial Gredos, 1981.

POLÍBIO. História pragmática: Livros I a V. Trad. B. B. Sebastiani. São Paulo: Perspectiva: Fapesp, 2016.

POLÍBIOS. História. Trad. M. G. Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1996.

POLYBE. Histoires: Livre XII. Trad. P. Pédech. Paris: Belles Lettres, 1961.

POLYBIUS. The histories. Trad. W. R. Paton. 6 v. Londres: William Heinemann; New York: G. P. Putnam’s Sons, 1925.

POLYBIUS. The Histories. Trad. R. Waterfield; introdução e notas por B. McGing. Oxford: Oxford University Press, 2010.

RAAFLAUB, Kurt A. (ed). Thinking, recording, and writing history in the Ancient World. Hoboken: John Wiley Blackwell, 2014.

RANKE, Leopold von. ‚Über die Epochen der neueren Geschichte‘. In: RANKE, Leopold von; HOFMANN, Hans (org.). Geschichte und Politik: Ausgewählte Aufsätze und Meisterschriften. Alfred Kröner Verlag, Stuttgart, 1942 [1854]. E-book. Projekt GutenbergDe. Disponível em: https://www.projekt-gutenberg.org/ranke/epochen/epochen.html. Acesso em: 01 dez. 2020.

REBENICH, Stefan. The making of a bourgeois antiquity: Wilhelm von Humboldt and Greek history. In: LIANERI, Alexandra (ed.). The Western Time of Ancient History: Historiographical Encounters with the Greek and Roman Pasts. Cambridge: Cambridge University Press, 2011. p. 119-137.

RIVERO, José Javier Blanco. La historia de los conceptos de Reinhart Koselleck: conceptos fundamentales: Sattelzeit, temporalidad e histórica. Politeia, Caracas, v. 35, n. 49, p. 1-33, 2012. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oaid=170029498009. Acesso em: 23 out. 2021.

RÜSEN, Jörn. Historik: Theorie der Geschichtswissenschaft. Köln: Böhlau Verlag GmbH & Cie, 2013.

SACKS, Kenneth. Polybius on the Writing of History. Berkeley: University of California Press, 1981.

SANTOS, Dominique. Apresentação ao dossiê “A escrita da história na Antiguidade”. Revista de Teoria da História, Goiânia, ano 7, n. 13, p. 7-18, 2015. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/teoria/article/view/35134. Acesso em: 10 mar. 2021.

SCHEPENS, Guido. History and Historia: Inquiry in the Greek Historians. In: MARINCOLA, John (ed). A companion to Greek and Roman historiography. Malden; Oxford; Carlton: Blackwell Publishing, 2007. v. 1, p. 39-55.

SEBASTIANI, Breno Battistin. Bélica lição polibiana. 2006. Tese (Doutorado em História Social) — Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.

SEBASTIANI, Breno Battistin. Droysen’s concept of Hellenism between philology and history. Aitia — Regards sur la culture hellénistique au XXIᵉ siècle, Lyon, v. 5, p. 1336-1345, 2015. Disponível em: https://journals.openedition.org/aitia/1336. Acesso em: 10 mar. 2021.

SEBASTIANI, Breno Battistin. Políbio contra Timeu, ou o Direito de Criticar. Projeto História, São Paulo, v. 41, n. 41, p. 405-427, 2010. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/6547. Acesso em: 10 mar. 2021.

SILVA, Glaydson José da; FUNARI, Pedro Paulo; GARRAFFONI, Renata Senna. Recepções da Antiguidade e usos do passado: estabelecimento dos campos e sua presença na realidade brasileira. Revista Brasileira de História, São Paulo, v. 40, p. 43-66, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbh/a/NxWFCCdfrjjxYXzmQB98NPt/?lang=pt. Acesso em: 12 fev. 2021.

SILVEIRA, Aline Dias da. História Global da Idade Média: estudos e propostas epistemológicas. Roda da Fortuna, Barcelona, v. 8, n. 2, p. 210-236, 2019. Disponível em: https://www.revistarodadafortuna.com/2019-2. Acesso em: 12 fev. 2021.

SKINNER, Quentin. The limits of historical explanations. Philosophy: The Journal of the Royal Institute of Philosophy, Cambridge, v. 41, n. 157, p. 199-215, 1966. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/3748405. Acesso em: 12 fev. 2021.

VARGAS, Anderson Zalevski. As recepções e as conformações de passado e presente. Heródoto, Guarulhos, v. 4, n. 2, p. 07-17, 2019. Disponível em: https://periodicos.unifesp.br/index.php/herodoto/article/view/10959. Acesso em: 12 fev. 2021.

VARGAS, Anderson Zalevski. Uma ambiguidade tucidideana: a interconexão entre o humano e o inumano no relato dos sofrimentos da guerra. Revista de Teoria da História, Goiânia, v. 13, n. 1, p. 52-86, 2015. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/teoria/article/view/35116. Acesso em: 07 mar. 2021.

VARGAS DE SOUZA, Matheus. Civilização, ocidente, “clássicos” e eurocentrismo: é possível uma ecologia de saberes para a História da Historiografia e a Teoria da Histórias? Manduarisawa, Manaus, v. 3, n. 2, p. 68-90, 2019. Disponível em: https://periodicos.ufam.edu.br/index.php/manduarisawa/article/view/5595. Acesso em: 07 mar. 2021.

VARGAS DE SOUZA, Matheus. Novas abordagens sobre o surgimento da consciência histórica: os clássicos e sua verdadeira relação com o tempo, o anacronismo e a diferença histórica. Resenha da obra de: ROOD, Tim; ATACK, Carol; PHILIPS, Tom. Anachronism and Antiquity. Londres: Bloomsbury Academic, 2020. Mare Nostrum, São Paulo, v. 11, n. 2, p. 259-266, 2020. Disponível em: https://www.revistas.usp.br/marenostrum/article/view/179135. Acesso em: 07 mar. 2021.

WALBANK, Frank William. A historical commentary on Polybius. Oxford: Claredon Press, 1967a. v. 2.

WALBANK, Frank William. The manuscripts of Polybius. The Classical Review, Cambridge, v. 17, n. 2, p. 151-153, 1967b.

WALBANK, Frank William. Polybius. Berkeley: University of California Press, 1972.

WEHLING, Arno. Historiografia e epistemologia histórica. In: MALERBA, Jurandir (org). A história escrita: Teoria e História da Historiografia. São Paulo: Contexto, 2006. p. 175-189.

WILAMOWITZ-MOELLENDORFF, Ulrich von. Greek Historical Writing and Apollo: Two Lectures delivered before the University of Oxford, June 3 and 4. Trad. G. Murray. London: Oxford University Press, 1908.

WOODMAN, A. J. Rhetoric in Classical Historiography. Nova York: Routledge, 1988.

Downloads

Publicado

2022-12-31

Como Citar

DA SILVA, D.; SANTOS, D. A historiografia antiga e a consciência do método da investigação histórica: uma leitura das Histórias de Políbio de Megalópolis. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 15, n. 40, p. 162–185, 2022. DOI: 10.15848/hh.v15i40.1960. Disponível em: https://revistahh.emnuvens.com.br/revista/article/view/1960. Acesso em: 9 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigo original