Corpos e gênero na história da historiografia brasileira

as possibilidades do “ser historiador” através das memórias de Alice Canabrava (1981-1997)

Autores

  • Laura Jamal Caixeta Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.15848/hh.v16i41.2001

Palavras-chave:

Gênero, História do corpo, Alice Piffer Canabrava

Resumo

Esse artigo orienta-se pela constatação de uma ausência na história intelectual e na história da historiografia: a de
se pensar o corpo dos historiadores. A corporeidade, paralelamente ao gênero, é recalcada na maioria dos trabalhos historiográficos, excluindo-se um dos elementos fundantes das relações de poder que permanecem marginalizando aqueles que escapam às normas de gênero, raça, sexualidade (entre outros marcadores), seja da produção do saber ou como objetos de investigação. Para adentrar tal discussão, a proposta deste artigo é investigar as memórias da historiadora paulista Alice Canabrava a fim de compreender o papel do gênero e das performances corporais na formulação de identidades historiadoras por ela. Seja na reflexão que Alice faz de sua própria trajetória acadêmica ou na caracterização de certos historiadores como tipo ideal, gênero e corpo são reiteradamente evocados. A historiadora, por meio de suas memórias e na elaboração de si à imagem de certos historiadores canonizados, como Fernand Braudel, reafirmou modelos culturais que estabeleceram normas de gênero aos historiadores ao final do século XX.

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Publicado

2023-08-27

Como Citar

JAMAL CAIXETA, L. Corpos e gênero na história da historiografia brasileira: as possibilidades do “ser historiador” através das memórias de Alice Canabrava (1981-1997) . História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, Ouro Preto, v. 16, n. 41, p. 1–24, 2023. DOI: 10.15848/hh.v16i41.2001. Disponível em: https://revistahh.emnuvens.com.br/revista/article/view/2001. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Dossiê: Corpos, tempos, lugares da historiografia