Língua e diversidade: imagens sobre africanos e escravidão
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v0i25.1182Palavras-chave:
Linguagem, Tráfico de escravos, Historiografia sobre escravidãoResumo
Neste artigo é identificada e discutida a presença difusa de um tópos que relaciona a diversidade linguística entre os africanos com a incomunicabilidade. Buscando encaminhar esse questionamento, relatos de diferentes agentes ligados ao tráfico atlântico são analisados, sendo os principais os de Antonio Cadornega (História geral das guerras angolanas, 1680), William Smith (New Voyage to Guinea, 1745), Theodore Canot (Captain Canot, or Twenty Years of an African Slaver, 1854) e Bernardo Cannecattim (Dicionário da língua bunda ou angolense, explicada na portuguesa e latina, 1804), além de documentação produzida por autoridades coloniais. A partir disso, e em diálogo crítico com a historiografia do tráfico e da escravidão no mundo atlântico, no artigo são desenvolvidas questões relativas a possíveis políticas linguísticas dirigidas à escravidão, a representações sobre diversidade linguística, ao papel de intérpretes e mediadores do tráfico, bem como, de forma mais ampla, à articulação entre a escravização de africanos e as questões de linguagem e comunicação
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