As cabecinhas estourando, a prisão do cientista e o cheiro da chuva: trauma, perplexidade e esperança em Não Verás País Nenhum
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v0i26.1294Palavras-chave:
Trauma, Experiência, FicçãoResumo
Não Verás País Nenhum: entre 1976 e 1981, nascia nas páginas de Ignácio de Loyola Brandão um Brasil que, em um futuro distópico, não-mais-se-veria. Pós-catástrofe ambiental, em um momento de ápice do capitalismo e sob um regime político autoritário, o não-mais-Brasil de Loyola Brandão é apresentado por Souza, que, através de um ato de rememoração, tece uma narrativa visando responder à questão máxima “como foi possível que chegássemos aqui?”. O presente trabalho, tendo em perspectiva a noção de “leitura por Stimmung” de Hans Ulrich Gumbrecht, analisa como a narrativa de Souza apresenta o trauma, a perplexidade e a opacidade da esperança, buscando apreender, na medida do possível, algo da atmosfera do tempo e mundo de Loyola Brandão, o Brasil de fim da década de 1970 e início de 1980.
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