Por uma história malcomportada
a historiografia antidisciplinar de Michel Foucault
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v14i36.1717Palavras-chave:
Michel Foucault, Método genealógico, Teoria arqueológicaResumo
O presente artigo analisa as principais contribuições de Michel Foucault para a formulação de uma outra história possível. A despeito do título provocativo, seu objetivo é mapear aspectos centrais na historiografia de Michel Foucault os quais colocam em tensão os projetos de uma historiografia ainda pensada em termos de uma ciência do homem no tempo e fidelizada epistemologicamente ao humanismo iluminista. Passamos, assim, por alguns conceitos e categorias centrais em Foucault que rearticulam a proposta de uma arqueogenealogia histórica. Dividimos nossa exposição em dois movimentos de análise: 1. Articulações entre história, sujeito e verdade no interior do método arqueogenealógico; 2. As relações entre acontecimento, documento e arquivo como efeitos da estratégia arqueogenealógica do sujeito. Ao longo do texto, analisamos o processo de reconversão dos conceitos de história, sujeito histórico, verdade, acontecimento e documento/arquivo como efeitos de uma estratégia metodológica em franca oposição ao sujeito da razão ocidental.
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