O fardo e o fio: na contramão da procissão historiográfica
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v0i15.783Palabras clave:
Antigüedad, Historia magistra vitae, HistoricidadResumen
Este ensaio traz uma reflexão sobre os pressupostos do diálogo “Antigos e Modernos” no horizonte da tradição do pensamento historiográfico. A intriga por que é equacionado esse diálogo que presentifica os aportes dos Antigos na atualidade dos Modernos é evocada pela contraposição entre o “fardo” e o “fio”, ambos situados em contraposição à ideia de historia magistra vitae. O “fio”, (re)considerado como metáfora de apreensão historiográfica do “fardo”, é posto em questão de modo a interpelar que relação os Modernos estabelecem com os Antigos. Sugere-se uma reconfiguração pela ideia de desfiar o fardo para que a trajetória reflexiva siga na contramão da procissão historiográfica. Ao longo do ensaio a argumentação toma inspiração no modo de construção narrativa hesiódica: conta-se uma série de intrigas “míticas” (ou histórias) que se sucedem para apresentar, a cada vez, um outro enfoque sobre a temática, de modo que o “mito” seguinte repercuta seu sentido sobre o antecedente, retomando-o e enriquecendo-o, modificando-o por esse renovado sentido e fazendo com que os nexos dos encadeamentos assim tramados façam avançar a compreensão da questão na medida em que se interpela o tema.
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