As áreas econômicas-chave segundo Ji Chaoding
o desafio discreto de um marxista chinês ao eurocentrismo historiográfico
DOI:
https://doi.org/10.15848/hh.v17.2183Palabras clave:
China Antiga, Teoria e História da Historiografia, MarxismoResumen
O eurocentrismo em história constitui um empecilho para vislumbrar o passado, portanto o futuro, de muitas regiões do mundo. Grandes intelectuais e militantes marxistas propuseram uma leitura original da história de seus países, como Caio Prado Jr no Brasil e Ji Chaoding na China. Sua obra-mor Áreas Econômicas-chave na História Chinesa tais como Aparecem no Desenvolvimento de Obras Públicas para o Controle da Água (1936) ofereceu uma solução discreta à posição oficial do Comintern - o ‘modo de produção feudal’ - com implicações práticas no projeto revolucionário em termos de alianças de classes. Numa época muito difícil para seu país, o economista apresentou este estudo detalhado da história econômica da China até 1842. Propôs o conceito de zonas econômicas-chave, valorizando assim a riqueza e sofisticação da organização da sociedade clássica chinesa em questões de gestão da coisa pública, inclusive no campo, frente a desafios ambientais consideráveis. Esta preocupação ecoa debates no movimento comunista internacional e, até hoje, na academia.
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